Não aceito submeter meus atos a quem responde por improbidade, diz ex-procurador
Agora, sim, é oficial. O advogado Fabiano Resende não é mais o Procurador Jurídico do Município de Ilhéus. O pedido de exoneração foi entregue ontem ao prefeito Mário Alexandre. Pelas redes sociais, Resende despediu-se, também, publicamente, da função.
Disse que ao deixar o cargo submete suas ações aos irmãos ilheenses, à avaliação do povo e ao julgamento dos servidores públicos. Também escreveu que nunca submeterá os seus atos àqueles que respondem processos por improbidade administrativa. Foi genérico. Não citou nomes. Completou que à esses, deseja os rigores da lei. "Servi com honra, garra e amor. Nem todos têm o mesmo propósito".
Fabiano também publicou nas redes sociais um documento assinado por seis procuradores municipais que apelaram para que ele reconsiderasse a decisão de pedir exoneração do cargo. Chama atenção a data do documento: 20 de março. Portanto, antes da polêmica audiência em que o governo municipal acordou com o Tribunal Regional do Trabalho o pagamento de precatórios, considerado por muitos integrantes do governo como uma manobra equivocada e a gota d´água para a sua saída.
Anteontem o Jornal Bahia Online publicou em primeira mão que o município, internamente, reconhece que não tem condições de arcar com o sequestro de um milhão e 800 mil reais por mês. Clique aqui para ler.
A medida também resultou no pedido de exoneração do secretário de Finanças, Elifaz Anunciação, que, internamente, criticava o acordo, considerado pelo TRT como "histórico". Na carta de exoneração, Elifaz ameniza a crise e diz que deixa o cargo por não estar tendo condições de tocar seus projetos pessoais.